Dados do Trabalho
Título
PROPOSTA DE ATERRO SANITÁRIO PARA SANDOLÂNDIA-TO - ESTUDO DE CASO DE MUNICÍPIO DE PEQUENO PORTE
Resumo
Mesmo após 13 anos da publicação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, parte significativa dos resíduos sólidos gerados nos municípios brasileiros é disposta em áreas ambientalmente inadequadas, como lixões e aterros controlados. Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, em 2022, cerca de 39% dos resíduos sólidos coletados foram dispostos de forma incorreta. Na região norte o contexto é especialmente preocupante, pois essa taxa foi de 63,4% (ABRELPE, 2022). Considerando que cerca de 94% dos municípios do Tocantins tem menos de 20 mil habitantes (IBGE, 2023), a Resolução n.º 404 (CONAMA, 2008) e a norma NBR 15.849 (ABNT, 2010), que tratam dos aterros sanitários de pequeno porte, são importantes instrumentos para que estes municípios se adequem à legislação federal. Dessa forma, considerando a legislação vigente, foi desenvolvida uma proposta de projeto de aterro sanitário de pequeno porte para Sandolândia-TO, por meio de uma solução técnica e economicamente viável, como alternativa para substituir o atual lixão. Para tanto, foram feitas análises de crescimento populacional e quantidade de resíduo sólido urbano gerado, de acordo com informações prestadas pela prefeitura municipal e estimativas de trabalhos anteriores. O desenvolvimento do projeto foi feito com base nas normas NBR 15.849 (ABNT, 2010), NBR 8.419 (ABNT, 1998) e NBR 13.896 (ABNT, 1985), bibliografias, artigos científicos e trabalhos relacionados ao tema. Os resultados obtidos neste trabalho mostram que é possível utilizar a área que atualmente é um lixão para a implantação de um aterro sanitário de pequeno porte com todos os sistemas de proteção ambiental, com operação de no mínimo 15 anos. Destaca-se que a ausência de dados específicos do local de implantação implicou na adoção de todos os sistemas de proteção ambiental e de dados regionais que possibilitaram alcançar os objetivos propostos. Foram dimensionadas 91 valas para disposição dos resíduos domiciliares, de comércios e de resíduos da construção civil e galhadas, com sistema de impermeabilização complementar com solo compactado e geomembrana. Para drenagem pluvial optou-se pelo uso das canaletas. Para a drenagem de lixiviados foi proposto o uso de drenos cegos centralizados em cada vala e para drenagem de gases uso de drenos verticais preenchidos com brita. As simplificações possibilitadas pela legislação permitem que o processo de licenciamento ambiental, a execução e a operação dos aterros sanitários de pequeno porte sejam mais adequados à realidade da maioria dos municípios tocantinenses.
Palavras-chave
Aterro sanitário de pequeno porte. Resíduos sólidos urbanos. PNRS.
Arquivos
Área
06. Geotecnia Ambiental
Categoria
GEOJOVEM (idade máxima de 35 anos)
Autores
Kárita Christina Soares Kanaiama Alves, Sarah Cortez Brito, Camila Ribeiro Rodrigues