Dados do Trabalho


Título

NOVO MÉTODO DE CÁLCULO DE RESISTÊNCIA DINÂMICA EM PROVAS DE CARGA ESTÁTICA COM CRITÉRIOS DE RUPTURA

Resumo

Este artigo tem como objetivo apresentar o comportamento da estaca quando submetido à um carregamento dinâmico e com base nestas observações, se propõe uma nova forma de se estimar as resistências dinâmicas que podem ocorrer em provas de carga estática (PCE), principalmente nas do tipo mista.

Na prova de carga dinâmica (PCD) o golpe tem curta duração(cerca de 50ms), sendo que neste intervalo parte da resistência é estática (RMX) e outra parte é resistência dinâmica (Rd). Nas formulações matemáticas do CAPWAP e Case, há algo em comum que é admitir que há resistência dinâmica sempre que a estaca estiver se deslocando, ou seja, quando a mesma apresentar uma velocidade de deslocamento. Murakami (2024a, 2024b) observa que a relação entre Rd/RMX sempre cresce em função da máxima velocidade do topo da estaca (VMX), mesmo no pós ruptura. Ou seja, a resistência total (estática + dinâmica) (Rt) sempre cresce em função de VMX. Além disso, na PCD com energia crescente há uma proporcionalidade entre Rd para cada golpe em função de VMX (1ª condição de contorno proposta por Murakami (2015)). Diante disso, se propõe o uso dos resultados do ensaio dinâmico para estimativa de Rd em PCE através do seguinte procedimento: a) utilização da equação da reta da 1ª condição de contorno proposta por Murakami (2015); b) determinação da velocidade do topo da estaca na PCE pode ser calculada facilmente em cada leitura, tem-se os deslocamentos e o tempo entre leituras; c) com os valores de VMX em cada leitura da PCE calcula-se facilmente a resistência dinâmica na PCE através da 1ª condição de contorno;

Conclusões: a) em cada estágio a resistência dinâmica na PCE atinge um pico sempre no início da aplicação da carga e a mesma vai se dissipando com a estabilização dos deslocamentos; b) a rigor, a carga aplicada na PCE somente é estática quando a diferença entre leituras consecutivas for ZERO; c) na PCE mista, por não ter estabilização dos deslocamentos na etapa rápida, a porcentagem de Rd vai crescendo com a carga aplicada, proprocional ao VMX; d) em uma PCE mista a prova não deve “romper”, uma vez que Rd deve sempre crescer com o aumento de VMX; e) na proximidade da ruptura pode haver uma “confusão” de que a estaca rompeu, uma vez que tenta-se aplicar pressão hidráulica e a resistência parece atingir um pico e cai rapidamente em função da redução brusca de Rd;

Palavras-chave

Resistência dinâmica (Rd), prova de carga estática (PCE), prova de carga dinâmica (PCD), prova de carga mista, ruptura geotécnica

Arquivos

Área

05. Fundações

Categoria

COBRAMSEG

Autores

Daniel Kina Murakami